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Curso: Escrita Criativa I
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Escrita Criativa I

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EC – Terror

1. Texto Introdutório ao Gênero

O Terror é um gênero que se concentra em provocar medo, sustos e uma sensação de desconforto nos leitores ou jogadores. Suas histórias e ambientes geralmente exploram o sobrenatural, o macabro, o grotesco e o psicológico, sempre buscando tirar o público de sua zona de conforto. O gênero explora medos universais — como o medo da morte, do desconhecido, do isolamento e da perda de controle —, criando situações de tensão extrema.

No caso dos games, o terror não só acontece na história, mas também na maneira como o jogador é imerso no ambiente e interage com ele. A tensão constante, os momentos de silêncio e a sensação de vulnerabilidade são essenciais para o impacto do terror no mundo dos games.

2. Por que é tão legal?

O terror é fascinante porque mexe com as emoções e o subconsciente das pessoas. Ele é uma maneira segura de explorar nossos medos mais profundos, permitindo que os leitores ou jogadores vivam essas sensações intensas em um ambiente controlado. Além disso, o terror é repleto de simbolismos e pode ser usado para abordar questões psicológicas, sociais e culturais.

É legal porque:

  • Provoca medo e adrenalina: Jogar ou ler histórias de terror é uma maneira de experimentar medo e tensão sem estar em perigo real, oferecendo uma descarga de adrenalina.

  • Explora o sobrenatural e o inexplicável: O terror é o gênero perfeito para quem gosta de histórias com fantasmas, monstros e forças malignas. Ele permite explorar o que está além da realidade, mexendo com o desconhecido e o inexplicável.

  • Reflete medos sociais e psicológicos: Muitas histórias de terror são metáforas para medos contemporâneos, como o medo da tecnologia, da alienação ou das mudanças sociais. O terror é uma ferramenta poderosa para refletir sobre a condição humana e seus desafios.

3. Principais Conceitos

  • Atmosfera e Tensão: O terror é construído em torno da atmosfera. É essencial criar um ambiente de tensão constante, onde o leitor ou jogador sente que algo horrível está prestes a acontecer. A narrativa de terror é lenta e cuidadosa, utilizando descrições detalhadas ou momentos de silêncio em games para aumentar o suspense antes do clímax.

  • Medo do Desconhecido: Um dos temas centrais do terror é o medo do desconhecido. Seja através de criaturas sobrenaturais, forças invisíveis ou simplesmente o mistério, o desconhecido é o maior gerador de medo. A incerteza sobre o que está lá fora, no escuro ou além da compreensão humana, é uma fonte inesgotável de terror.

  • O Monstro como Reflexo da Sociedade: Monstros, sejam eles criaturas sobrenaturais ou figuras humanas, muitas vezes simbolizam os medos e as ansiedades da sociedade. Vampiros, zumbis e assassinos em série podem ser usados para explorar temas como a morte, a perda de controle, doenças, isolamento e o medo do “outro”.

  • Horror Psicológico: O terror não precisa ser visualmente explícito para funcionar. O horror psicológico foca nas angústias mentais e emocionais dos personagens (ou do jogador), criando uma atmosfera de paranoia e desconforto mental. Aqui, o monstro pode não ser visível, mas o verdadeiro terror está dentro da mente.

4. Exemplos Irados

Aqui estão alguns exemplos que capturam o espírito do gênero terror, abordando tanto o sobrenatural quanto o horror psicológico, incluindo games que oferecem uma experiência imersiva de medo.

  • O Iluminado (Stephen King): Esse clássico do terror psicológico explora a deterioração mental de Jack Torrance enquanto ele e sua família ficam isolados em um hotel assombrado. Stephen King combina elementos sobrenaturais com a descida gradual de Jack à loucura, tornando o leitor incapaz de distinguir o que é real e o que é fruto da mente perturbada do personagem.

  • Hereditário (Filme): Esse filme de terror moderno mexe com questões familiares e psicológicas, enquanto explora o legado sombrio de uma família assombrada por eventos sobrenaturais. Hereditário é um excelente exemplo de como o terror pode ser perturbador sem depender de sustos baratos, focando em uma narrativa emocionalmente devastadora e cheia de mistério.

  • Coraline (Neil Gaiman): Embora seja uma obra voltada para o público jovem, Coraline explora um terror psicológico intenso. A história segue uma menina que encontra uma versão alternativa e sombria de sua vida, onde uma “outra mãe” tenta prendê-la. A narrativa toca no medo do desconhecido e no desconforto com o familiar que se torna ameaçador.

  • Resident Evil 7 (Game): Uma das franquias mais icônicas de terror, Resident Evil 7 leva o jogador a um ambiente claustrofóbico e aterrorizante. O game é um excelente exemplo de como a tensão pode ser construída através de uma atmosfera opressiva, sons perturbadores e a constante ameaça de perigo. Ele também traz elementos de terror psicológico e grotesco.

  • Silent Hill 2 (Game): Este é um dos jogos de terror psicológico mais aclamados, explorando a culpa e o trauma do protagonista James Sunderland. Enquanto ele busca respostas na cidade de Silent Hill, monstros grotescos e alucinações assombram sua jornada. O game se destaca por misturar horror físico e psicológico, criando um ambiente onde a mente do jogador é testada a todo momento.

  • Outlast (Game): Esse jogo de terror em primeira pessoa coloca o jogador em um manicômio abandonado, sem a possibilidade de lutar contra os horrores que o perseguem. Em vez disso, a sobrevivência depende de correr, se esconder e evitar os monstros. Outlast é um ótimo exemplo de como o terror pode ser amplificado ao colocar o jogador em uma posição de vulnerabilidade extrema.

  • Lovecraft Country (Matt Ruff): Misturando elementos de terror cósmico e questões raciais, Lovecraft Country explora o terror de seres de outros mundos e o horror cotidiano do racismo na América dos anos 1950. A obra mostra como o terror sobrenatural pode ser usado para comentar questões sociais e políticas, mantendo o leitor em estado de alerta constante.

  • Midsommar (Filme): Um dos filmes mais perturbadores dos últimos tempos, Midsommar usa a luz do dia e a cultura de um pequeno grupo sueco para criar um horror diferente. Ao contrário da maioria das histórias de terror, Midsommar mostra um ambiente claro e ensolarado, mas a estranheza e o desconforto aumentam conforme a narrativa avança, provando que o terror não depende apenas do escuro.

5. Por que escrever sobre esse gênero?

Escrever histórias de terror é uma oportunidade de explorar o lado mais sombrio da condição humana. O gênero permite que você brinque com as emoções dos leitores (ou jogadores), criando cenários onde o medo e a tensão estão sempre presentes. Além disso, o terror é uma maneira de abordar temas complexos, como a mortalidade, o medo do desconhecido e as consequências de escolhas ruins.

O terror também oferece a oportunidade de criar mundos que fogem do realismo, explorando o sobrenatural, o psicológico e o grotesco. Você pode usar monstros, fantasmas e forças invisíveis para criar metáforas para questões sociais e psicológicas, ou simplesmente para contar histórias que desafiam o conforto do público.

Escrever terror é uma forma de experimentar com o suspense e o ritmo, onde o silêncio e a sugestão podem ser mais assustadores do que qualquer cena explícita. É um gênero que oferece imensa liberdade criativa, permitindo que você construa atmosferas inquietantes e histórias que deixam uma marca duradoura.

6. Conclusão

O terror é um gênero que mexe com nossas emoções mais primitivas, desafiando o leitor ou jogador a confrontar seus próprios medos. Ao criar histórias que exploram o sobrenatural, o psicológico e o desconhecido, você pode construir narrativas emocionantes e assustadoras. Se você gosta de criar tensão, suspense e quer levar seus leitores ao limite, o terror é o gênero perfeito para explorar.

Com histórias de terror, você pode não apenas entreter, mas também provocar reflexões profundas sobre a vida, a morte e os segredos que a mente humana esconde. Prepare-se para fazer seus leitores tremerem!

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