01 | ” O Amor ” – pela ótica alienígena, claro!

Na Cantina do Loubill, uma mesa no canto estava especialmente animada. Três alienígenas, com aparências tão diversas quanto os sabores das bebidas no bar, estavam envolvidos em uma discussão acalorada sobre um dos maiores mistérios da humanidade: o amor.

“Então, você está me dizendo,” disse Xarglax, um ser com tentáculos e pele luminescente, “que os humanos perdem completamente a razão por causa de algo chamado ‘amor’?” Ele fez aspas com os tentáculos, algo que sempre parecia mais ameaçador do que pretendia.

“É isso mesmo,” respondeu Blip, um pequeno ser azul com antenas pulsantes. “Eles escrevem músicas, poemas e até fazem filmes inteiros sobre isso. E o mais bizarro, gastam fortunas em pequenas rochas brilhantes chamadas ‘diamantes’ para provar o amor!”

“Rochas brilhantes?!” guinchou Zr’Klak, uma criatura coberta de escamas que mudavam de cor. “E eu achando que a nossa obsessão por colecionar poeira estelar era estranha.”

Xarglax riu, um som borbulhante que fez uma bolha sair de um dos seus orifícios respiratórios. “E parece que o amor não tem lógica nenhuma. Você pode passar a vida inteira procurando e, quando finalmente encontra, pode ser que o outro humano não sinta o mesmo! Que conceito genialmente ineficiente!”

Blip acenou com uma de suas antenas, que emitia um brilho azul. “E não esqueçam da famosa ‘zona de amizade’. Você quer ser mais que amigo, mas a outra pessoa só te vê como amigo. É como se fossem programados para criar sua própria confusão emocional.”

Zr’Klak bufou, mudando sua cor para um laranja vibrante. “Ah, os humanos! Eles criam problemas onde não existem. Nós só precisamos de uma simples troca de feromônios para resolver tudo.”

A mesa explodiu em risadas, atraindo olhares curiosos de outros cantineiros. “Bom,” concluiu Xarglax, levantando seu copo cheio de uma substância borbulhante, “aos humanos, e a sua capacidade incomparável de complicar até as coisas mais simples!”

“Aos humanos!” os outros brindaram, enquanto o robô bartender passava, claramente alheio às peculiaridades do amor terrestre.